Viagem ao Médio Oriente – Dia 4

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Quinze anos depois:

Viagem ao Médio Oriente

por João Gonçalves

editado por Martha Appelt

 

Dia 4

(11 de Fevereiro de 2003)

À meia-noite já estávamos no tó em que acabamos o dia anterior. Depois veio o chá e as bolachinhas! Maravilha! Chegámos a Antakya de manhã cedo, depois de indagar acerca da melhor maneira de chegar à Syria por Lattakia. Era o 1º dia dos feriados de Eid al-Adha* e não havia transporte. Táxi era caro mas lá conseguimos arranjar um tózinho até Çabala (fronteira da Turquia com a Síria). Pelo caminho, o condutor propôs-nos levar-nos até Yayladagi por 4 milhões (€2), mas um nabo de um turco meteu o bedelho e passou logo para 40 milhões (€20). Esquece!

* Durante quatro dias a Turquia celebra o Eid al-Adha que marca a altura em que os muçulmanos fazem a peregrinação a Mecca. O país pára de funcionar completamente, ninguém trabalha.

 

Sugestão do Lonely Planet que queríamos seguir mas que foi impossível fazer de autocarro por causa do feriado.

 

Depois, lá arranjámos um tó que nos levou até Lattakia. Pagámos 5 milhões cada um (€3) – fomos gamados – mas valeu a pena. Tivémos bastante sorte. Na fronteira lá nos ofereceram o tal chá da praxe, mas estive sempre com medo que o tó se pusesse a andar com as nossas trouxas. Correu tudo bem.

Chegámos a Lattakia e apanhámos logo um tózinho até Homs. Saímos um pouco antes para ir ver um castelo do tempo das cruzadas. Espetacular! Como nos filmes!

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois apanhámos um táxi até à auto-estrada onde apanhámos boleia com um gajo espetacular. Daqui a dois dias vamos encontrá-lo em Damasco e vai-nos levar a Beirute. Se calhar até vai organizar a minha festa de anos. Vamos ver.

Por fim, apanhámos um tó para Palmyra – duas horas a tresandar a gasóleo. Chegámos cá e quando procurávamos um restaurante às oito da noite, sem ter comido nada o dia todo (excepto uma sandes de “merda de cão” que o Marcelo comprou), passamos ao lado de uma loja de canalizadores e fomos convidados para o tal chá e para um Nargila. Tirámos fotos com o pessoal e eles eram do mais simpático possível!

 

A loja de canalizadores onde conhecemos pessoal impecável e nos convidaram a fumar Nargila. Adoram tirar fotos!

 

Depois fomos comer e agora temos estado na treta com um francês e um japonês no nosso hotel. Era o Nau e o Yazid (meio francês, meio argelino). O puto do hotel também é um espetáculo.

 

Recepcionista do nosso hotel, um gajo altamente!

 

Agora vamos dormir!

 

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